Jorge Prendas, coordenador do serviço educativo da Casa da Música, disse à agência Lusa que o objetivo do protesto foi "manter a esperança de que a Casa da Música permaneça fiel aos seus princípios".
"Com menos ovos fazem-se menos omeletes", afirmou Jorge Prendas, asseverando que "o que está em risco" com os cortes são "todos os projetos" lá realizados, desde "grupos que têm tido uma atividade extraordinária" até iniciativas que "têm tido afirmação lá fora" e que "com menos dinheiro ficam todos postos em causa".
O coordenador da Orquestra Sinfónica do Porto - Casa da Música, o britânico Andrew Bennett, disse à Lusa que o "fundamental é a estabilidade". "Todos nós, na Casa da Música, achamos que o nosso contributo para a cidade do Porto, e para fora da cidade também, é muito importante", disse ainda Andrew Bennett, acrescentando que o futuro da Casa depende "da inteligência das pessoas envolvidas na escolha do novo conselho de administração", para além da "resposta do Governo em termos de contribuição financeira".
A ação junto à Casa da Música teve início às 16 horas, mas antes, a partir das 15h, vários agrupamentos atuaram noutros espaços da cidade do Porto: na estação de metro da Trindade atuaram elementos do Coro da Casa da Música; no café Guarani houve música antiga; no Hard Club atuaram músicos do Remix; na frente marítima de Matosinhos estiveram os músicos da Orquestra de Jazz de Matosinhos.
Os cortes de 30% provocaram a demissão de todo o Conselho de Administração da Casa da Música, tendo o administrador demissionário Nuno Azevedo declarado este sábado ao “Expresso” “que a instituição está a caminho do “abismo”. Para 22 de março está marcado o Conselho de Fundadores.
Na ação junto à Casa da Música esteve presente o dirigente do Bloco de Esquerda José Soeiro.